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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Na verdade, é issso mesmo !!

Sempre queremos uma pessoa linda, inteligente, divertida e que se dê bem no nosso meio social. Quando encontramos uma, a primeira coisa que nós pensamos é que nos demos bem.
A gente começa a imaginar que essa pessoa é quem a nossa mãe pediu a Deus, e então você se entrega cada vez mais. Você até pensa que se sair um namoro, a relação com certeza será estável.
Te busca na escola, leva num cineminha, um barzinho . Do jeitinho que você imaginou. Até virar rotina.
Começa a chegar o sábado a noite e você vê suas amigas combinando desde o cabeleireiro até a balada da noite e você se lembra de como vocês arrasam juntas. Vai lembrar-se de quantas cantadas você recebia por noite, e quantas delas você aceitava ou não. Do jeito que você flertava com algumas pessoas só por diversão. Elas te chamam pra ir, mas você com certeza já combinou algum programa (com certeza light) com ele.
Quando o tão esperado dia chega você está sozinha com ele te paparicando e suas amigas na maior diversão. E então o mais temível pensamento ocorre pela sua cabeça: O “achar que não está pronto”.

A “boa pessoa” se transforma no pior mala da terra, aos poucos você vai perdendo a vontade e as vezes não quer nem beijar a pessoa. Quando vê o nome dele no celular te ligando você tem vontade de atirar o aparelho longe. Ai já é tarde demais. Seu relacionamento já era.

Sem a gente perceber, começamos a ser grossa com a pessoa e ele, coitado, se pergunta o que te fez.

E o “mala”, não fez nada além de te curtir.

Então você toma a decisão fatídica: ACABA COM O RELACIONAMENTO. E, claro, põe a culpa em si mesmo dizendo que não está preparado e blá blá blá.

Terminando o mini-relacionamento, voltamos para a nossa tão sonhada vida de volta, com baladas e amigas e azarações durante a noite. Mas quando chegamos em casa depois da balada do mesmo jeito que fomos, ou seja, sozinhos, tentamos descobrir porque não estamos satisfeitos. Talvez porque o cara que você ficou hoje não pediu seu telefone, ou talvez seja mesmo uma FRUSTRAÇÃO.

Daí por diante, por mais que você não queira, você pensa no “bom menino” que deixou para trás.

E ele, por sua vez, chateado e com o coração partido custa a entender o que ele fez para você ter se afastado dele. E então a duvida dele se transforma em raiva.

Se ele só deu o melhor dele mesmo para você e não adiantou, então para que continuar sendo bonzinho? A decisão a ser tomada por ele é jogar tudo para alto para não se machucar novamente e então se transforma em um lobo mau, saindo por aí comendo todas as chapéuzinhos que vê pela frente.


Parabéns! vooc criou um monstro.


Mas e nós? O tempo passa e continuamos na mesma, reclamando do tipo de cara que a gente encontra.

Só queremos cachorros que não estão nem aí. E eles são assim por nossa culpa. O nosso cachorro de hoje foi o bom menino de ontem que de alguma forma foi machucado por alguém tão perfeito, fabuloso e incrível como você.

Provavelmente nosso “ex-bom-menino” deve estar enlouquecendo a cabeça de outra pessoa por ai.

E se você parar pra pensar, quantas vezes já criamos um cachorro ou quantas vezes já ficamos um que foi criado por outra pessoa?

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